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O Atletismo na Guarda

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Capítulo V

OS JUIZES

Falar do atletismo no Distrito da Guarda implica falar de uma grande quantidade de pessoas ligadas aos mais diversos sectores da Prática, da Gestão e do Enquadramento. No capítulo anterior falou-se dos Dirigentes da Associação e nos capítulos seguintes irá falar-se dos Treinadores, dos Atletas e dos Sócios, sendo este Capítulo V dedicado aos Juizes de Atletismo.

São estes agentes que enquadram a competição de atletismo e, no caso particular da competição no distrito da Guarda, fazem-no, uma grande parte das vezes, debaixo de condições bastante difíceis. Estas condições têm levado que ao longo dos 25 anos de existência da prática do atletismo no distrito, nem sempre tenha sido fácil ao Conselho Regional de Arbitragem garantir nas competições o número de juizes necessário e tenha sido sempre difícil recrutar novos elementos para reforço do grupo existente.

Segundo Costa (José) in "Guia Prático de Atletismo" (Guarda, 1988) "... para os juizes o atletismo é uma modalidade fácil, por ser objectiva, mas também difícil, por ser constituído por uma panóplia de disciplinas cada uma delas com características bem diferenciadas, o que exige destes agentes uma enormidade de conhecimento".
Ainda, segundo este autor "ser juiz de atletismo significa estar no local da competição, desempenhando uma função de responsabilidade, com isenção e com competência".

Por último, segundo Costa "O juiz é um indivíduo que está no local da competição para ver, para julgar, para informar, para anotar, para intervir, não para molestar, não para se emocionar, não para ser punitivo. O juiz não é o regulamento - é o fiscalizador da sua aplicação e o executor de algumas das suas alíneas".

Neste contexto, e dentro deste perfil é sempre difícil recrutar indivíduos para estas funções. Em qualquer dos casos as Direcções, primeiro da Comissão Distrital de Juizes de Atletismo e mais recentemente do Conselho Regional de Arbitragem da AAG, têm conseguido ter um assinalável grau de sucesso nesta acção.

Tem sido uma política já antiga dos responsáveis do atletismo no Distrito da Guarda a realização de um Curso de Formação para novos juizes todos os anos, tendo inclusivamente já sido realizado, em antecipação, um Curso de Formação em Seia, cidade na qual se contará brevemente com uma Pista de Atletismo, sendo também neste concelho que se disputa um razoável número das competições do Calendário Distrital de Provas.

A primeira Direcção da Comissão Distrital de Juizes é quase tão antiga como a própria Associação de Atletismo. Segundo os documentos existentes verifica-se que a constituição da Comissão Distrital de Juizes de Atletismo aconteceu em 13 de Maio de 1977, tendo nessa reunião constitutiva sido eleito Presidente da Direcção António Simões.

Esta Direcção, chamada de instaladora, manteve-se em funções até 11 de Novembro desse mesmo ano, data em que foi eleita uma Direcção definitiva (para um ano) liderada por José Manuel Domingues. Nessa reunião além de serem regulamentados muitos dos aspectos do funcionamento do Corpo de Juizes aprovou-se o primeiro Orçamento para a Comissão num total de 98 000$00 de despesas, sendo 50% para deslocações a reuniões e a provas, 26 000$00 para gratificação aos juizes e ainda 23 000$00 de gratificação a um funcionário em part-time encarregado de realizar as convocatórias e desempenhar outras tarefas correntes.

De referir que na primeira época de acção (1977/1978) a Comissão Distrital de Juizes de Atletismo da Guarda enquadrou 26 competições de Atletismo em todo o distrito, sendo 90% delas provas de estrada.

No entanto, esta Direcção só se manteve em funções durante 6 meses, tendo em 12 de Maio de 1978 sido substituída por outra liderada por Serafim Alexandre Morgado, que era, à data, um dos praticantes de atletismo mais antigos do distrito, uma vez que praticava atletismo há já vários anos. A dissolução da Direcção anterior verificou-se porque dos 5 elementos que a constituíam só se podia contar com o Presidente e o Secretário, nunca tendo os restantes elementos dado qualquer contributo para o desenvolvimento da Comissão, pelo que José Manuel Domingues decidiu antecipar as eleições em meio ano.

Passada uma semana (19 de Maio) e por iniciativa ainda de José Manuel Domingues, da Direcção da Associação de Atletismo e do Técnico Regional constituiu-se, também, uma segundo Corpo de Juizes de Atletismo em Seia, formados recentemente e que passaram a ter uma Direcção liderada por Henrique de Sousa Martins.
No entanto, este Projecto de manter uma sub-Comissão Regional de Juizes de Atletismo em Seia, foi de curta duração (até 21 de Outubro de 1979) por desinteresse da Direcção deste grupo e ainda pela existência de algum "mal estar" que se estava a instalar entre este grupo e a Direcção da AAG e a Direcção da Comissão Distrital de Juizes de Atletismo da Guarda, uma vez este grupo sediado em Seia pretender autonomia total e reivindicar da Associação de Atletismo da Guarda verbas que esta não tinha capacidade de lhe conceder.

Em 23 de Setembro de 1979, ou seja passados 4 meses, novo acto eleitoral antecipado e a Comissão terá novamente José Manuel Domingues como Presidente para um mandato de 1 ano - até 27 de Setembro de 1980. Este mandato corresponde a um período de uma actividade bastante intensa com a realização de inúmeras competições e com o aparecimento da primeira Pista de Atletismo na cidade da Guarda.

Em 27 de Setembro de 1980 é eleito para Presidente do Conselho Regional de Arbitragem José Joaquim Costa, que cumpriu um mandato completo e ainda mais três meses por não se ter apresentado qualquer lista para o acto eleitoral agendado para Setembro de 1981. Realizado este a 18 de Dezembro candidatou-se Manuel Joaquim Neca que, entretanto, já havia desempenhado outros cargos em direcções anteriores.

Para o Campeonato Nacional de Corta Mato Masculino disputado na Guarda
em Fevereiro de 1990 a Comissão Distrital de Juizes de Atletismo mobilizou
52 Juizes de Atletismo

Manuel Neca foi Presidente da CRJA durante 4 anos e mais alguns meses (entre 18/12/1981 e 21/03/1986), tendo iniciado o seu mandato numa época de inicio de crise para o atletismo guardense e que se manteve por duas épocas e da qual haveria de sair em 1984 por intervenção do Director Técnico Regional (José Costa), investido no cargos uns meses antes e pelo apoio concedido pela Delegação da Guarda da Direcção Geral dos Desportos.

Este renascimento do atletismo é igualmente acompanhado por maior dinamismo na Comissão Distrital de Juizes que enceta uma política criteriosa de convocatórias e inicia uma processo de formação que levará a que anualmente se realize um Curso para novos Juizes.

Este período de crise levou a que no Campeonato do Mundo de Corta - Mato, de boa memória para Portugal, realizado no Vale do Jamor em Lisboa a Guarda fosse o único distrito do país sem uma representação de juizes de atletismo. Situação idêntica a esta nunca mais se verificou em qualquer uma das grandes competições internacionais disputadas em Portugal a partir de então, tendo inclusive, nalgumas delas, elementos deste Corpo de juizes desempenhado cargos ou funções de relevo. A primeira competição internacional onde estiveram Juizes de Atletismo da Guarda foi na Taça da Europa - Grupo C - disputada em Viseu em 1991, através de 7 juizes, seis dos quais se encontram na foto abaixo (Conceição Guilhoto, Eduardo Espirito Santo, Emanuel Martins, Vitor Reis, António Castro e Manuel Neca. Falta Henrique Figueiredo que tirou a fotografia!

Depois dos mandatos de Manuel Neca seguiu-se Eduardo Espirito Santo à frente dos destinos da Comissão Distrital de Juizes de Atletismo, tendo desempenhado o cargo de Presidente durante 5 anos, entre 21 de Março de 1986 e 26 de Fevereiro de 1991, tendo-lhe faltado um ano para cumprir três mandatos completos.

Os primeiros mandatos de Eduardo Espírito Santo foram bastante dinâmicos, tendo a Comissão de Juizes angariado algum património e estando sediada autonomamente da Associação de Atletismo. Eduardo Espírito Santo e os restantes dirigentes tiveram a capacidade de juntar os juizes em vários momentos de convívio e em reforçarem o corpo de juizes com muito mais elementos. No entanto, o último mandato foi conflituoso e difícil, tendo o Presidente abandonado sensivelmente a meio, mantendo-se a Direcção até final do mandato com os restantes elementos.

A esta Direcção seguiu-se à frente dos destinos dos juizes de atletismo Anabela Gomes dos Santos (eleita a 21/11/1992) e eleita em segundo mandato a 01/12/1994 que cumpriu até 15/02/1997. Estes dois mandatos de Anabela Santos foram bastante pacíficos e eficazes, tendo culminado com uma boa prestação do Corpo de Juizes no 74º Campeonato de Portugal de Corta - Mato disputado em Seia no dia 23 de Fevereiro de 1997. Anabela Gomes dos Santos já havia sido vice-presidente na última Direcção presidida por Eduardo Espirito Santo. Durante este seu segundo mandato a designação de Comissão Distrital de Juizes de Atletismo, que havia vigorado desde a sua fundação em 13 de Maio de 1977, desapareceu e em sua substituição apareceu o Conselho Regional de Arbitragem da AAG fruto das alterações verificadas no Quadro normativo das Federações Desportivas ao qual a Associação de Atletismo da Guarda se havia adaptado recentemente

Parte dos Juizes que enquadraram o 74º Campeonato de Portugal de Corta Mato, Seia'97

Quando Anabela Santos terminou o seu segundo mandato foi eleita nova mulher para dirigir os destinos da Comissão de Arbitragem da AAG. A eleita foi Maria da Conceição Guilhoto, que presidiu ao primeiro mandato de 4 anos do Conselho De Arbitragem (entre 15/02/1997 e 16/04/2001). Durante este mandato deram-se novos e significativos passos no sentido da consolidação e renovação do Corpo de Juizes e reciclagem dos elementos activos. Quando Maria da Conceição Guilhoto terminou o mandato sucedeu-lhe António Alberto Moreira Fragoso (16/04/2001) para um mandato que terminará no inicio de 2005.

Em termos da sua qualificação pode considerar-se que o Corpo de Juizes do Conselho de Arbitragem da Associação de Atletismo da Guarda está relativamente bem servido no topo da carreira mas um pouco débil ao nível dos graus intermédios. No final da época de 2001/2002 estavam em actividade 72 Juizes dos quais 19 eram Estagiários, 33 do grau Regional, 17 Nacionais e 3 Juizes - Árbitros. Destes 72 Juizes, 17 eram do sexo feminino e 11 deles tinham formação específica em ajuizamento da Marcha Atlética.

Destes juizes 60% deles está em actividade há mais de dez anos e 9% há mais de quinze anos. Dos restantes 15% são juizes há menos de três anos! 30% dos Juizes têm mais de 40 anos de idade e 34% têm menos de 25 anos.
Os Juizes-Árbitros têm este estatuto desde 1990 (Manuel Neca), 1994 (José Costa) e 1998 (António Fragoso). O Conselho Regional de Arbitragem da Associação de Atletismo da Guarda dispõe ainda de um Formador de Juizes de Atletismo qualificado pela IAAF - José Costa.


José Manuel Domingues - José Joaquim Costa - Manuel Joaquim Neca - António Castro Fernandes - Eduardo Espirito Santo - Anabela Gomes Santos - Maria Conceição Guilhoto - António Alberto Fragoso. (Falta Serafim Morgado)

 

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