08 Maio 2007 Ser Árbitro
Sem Árbitro não pode haver Competição desportiva. O Árbitro não é apenas aquele que apita, auxiliado por dois companheiros. É também aquele que tira tempos e mede distâncias. É o que regista erros e qualifica exercícios. É o que interpreta regras, penaliza infracções e valida pontos. É o que corre por todo o espaço de jogo ou que está sentado, acompanhando a Competição. O Árbitro é um agente desportivo indispensável, porque é insubstituível.
O aperfeiçoamento das técnicas desportivas, o desenvolvimento das qualidades corporais, a evolução dos sistemas de treino e preparação desportivas, transformaram o acto desportivo num produto de avaliação e interpretação complexos. As condições externas às Competições agravaram ainda mais esta complexidade, particularmente, a tirania dos meios audiovisuais, colocando em confronto no acto de avaliação desportiva a capacidade tecnológica com a capacidade humana. Existe uma relação de mútua influência, entre o desenvolvimento de prática desportiva e a qualidade de arbitragem, aqui entendida, como o conjunto de procedimentos susceptíveis de garantir o cumprimento das regras de uma determinada modalidade desportiva num contexto competitivo.
Os Árbitros dispõem durante a Competição desportiva de uma total autoridade. As suas decisões são irrevogáveis. Pede-se-lhes naturalmente que exerçam a autoridade com competência. Na arbitragem, como em qualquer área da vida, não é socialmente aceitável que quem dispõe de autoridade não a exerça com competência. Será a competência que dará legitimidade, fundamento e expressão real à autoridade. O que coloca com acuidade, o problema da formação e do perfil de qualidades pessoais necessárias ao exercício da arbitragem. Melhores Árbitros e Juízes, supõe elevar os padrões de qualidade da sua formação, do seu aperfeiçoamento e da sua avaliação.
Por:
António Alberto Moreira Fragoso
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